Sejam bem-vindos ao Diário de Santos, que terá como tema principal o Porto e o Museu do Café :)

A visita técnica foi realizada no dia 25 de Março de 2013 com professores e alunos da Fatec Barueri.
Iremos abordar aspectos históricos,culturais e econômicos desses dois lugares, com objetivo de apresentarmos sua importância para o desenvolvimento de nosso país. 

Visita ao Museu do Café

Saímos de Barueri por volta de 08:30 h da manhã e chegamos a nosso destino, Santos, aproximadamente ás 10:00 h.

Serra do Mar 


Ao entrar no centro histórico de Santos, podemos observar a  torre do relógio, com mais de 40 metros de altura que se sobressai à frente do porto como referencia histórica da cidade. Logo após nos deparamos com um pequeno congestionamento de caminhões, neste momento o professor Sérgio Dias aproveitou para nos apresentar dados relacionados á estrutura do porto, e sobre os investimentos em tecnologia que estão sendo aplicados a ele.




Torre do relógio 


Nossa primeira parada de fato, foi ao Museu Oficial da Bolsa do Café, inaugurado em 1998.
A Bolsa Oficial do café foi criada, com o intuito de organizar e controlar o mercado cafeeiro, principal fonte de riqueza do país na época, e causa  do progresso do Estado de São Paulo e desenvolvimento econômico do país. 
Logo quando entramos no museu, nos deparamos com uma maravilhosa arquitetura, que nos remete muito bem a época em que foi construído o "palácio" da bolsa do café, em  meados de 1928.


Entrada principal do Museu do Café
Como introdução ao nosso tour pelo museu, a instrutora nos apresentou a história do café citando onde ele foi descoberto e como "possivelmente" sua semente chegou ao Brasil.

Mais adiante apesentou a estrutura do porto no inicio do século XX. 
Nesta época, o café era trazido do interior de São Paulo através de uma ferrovia que ligava o interior ao porto.

Os homens que carregavam as sacas de café do trem até os navios para a exportação dos grãos,  eram chamados de estivadores. Estes homens trabalhavam o dia inteiro carregando pesadas sacas de grão de café para seu sustento e de sua família. Estes na maioria das vezes morriam muito jovens pelas condições de vida oferecida naquele tempo. Para amenizar o impacto á saúde causado pelo peso, os estivadores usavam uma espécie de cinturão para a proteção do abdômen e da coluna. 


 Estivador muito famoso por carregar muitas sacas de café. 
Jacinto, chegou até a ser ilustrado em cartões postais.


Naquele tempo as mulheres não tinham o direito de trabalhar fora, então para ajudar na renda familiar, costuravam sacas de café em suas casas.


 Ao decorrer da visita, a instrutora foi nos apresentado também os quadros de pessoas da alta sociedade, na qual se encaixava os corretores do café.


Assim, conhecemos o local de degustação e separação dos melhores grãos de café que eram destinados à exportação, logo depois retornamos ao andar térreo do museu nos foi exibido o local onde os corretores de café ficavam, o salão principal da Bolsa. 

Os corretores ficavam sentados nessas cadeiras, no momento em que fazia suas negociações
Observamos que tanto no exterior quanto no interior do museu, o que se destaca é  sua maravilhosa arquitetura, notando-se o cuidado e a delicadeza em cada parte da estrutura, demonstrando a riqueza e a prosperidade do ciclo cafeeiro no país.

Entre a belíssima arquitetura, as cúpulas de cobre , grandes esculturas, mármores, o trabalho de artífices e as obras de arte, o que se destaca é o vitral de Benedito Calixto, no teto da sala do pregão.
Ao pisarmos no salão, a instrutora já nos recomendou que sentássemos para que tivéssemos  uma melhor visualização do Vitral.
A obra é composta por três partes, representando  três períodos do desenvolvimento brasileiro, a Colonia, Republica e o Império, uma verdadeira obra de arte.


Obra de Benedito Calixto
"A visão do Anhanguera"
Em suas instalações o museu ainda possui uma cafeteria que comercializa o melhor, mais raro e caro café do Brasil,obtido com os grãos expelidos pelo pássaro Jacú, que se alimenta dos frutos do café. Por ser caro e raro este café é mais direcionado para o mercado externo.     
                                                                                      
Ao término do tour pelo Museu do café, partimos para o passeio de escuna, onde conhecemos a estrutura do Porto de Santos.
                

Passeio de Escuna


Chegando ao Porto, tiramos uma foto com a galera e logo depois nos dirigimos à escuna, onde embarcamos. 

Porto de Santos 


Durante todo o passeio, havia um instrutor nos passando informações sobre a estrutura do porto, os tipos de containers, os navios que ali atracavam e os diferentes setores que o Porto atende.


Navio Rebocador
O Porto de Santos foi inaugurado em 1892,  com objetivo de aumentar o fluxo do comércio exterior, pois a cidade é estrategicamente localizada e em conjunto com a linha ferroviária o porto se destacaria na venda de café para o mercado externo. 

Hoje o Porto de Santos é considerado o maior da América Latina, lembrando também que o modal aquaviário é o que mais transporta cargas.

A área de influência econômica do porto concentra mais da metade do PIB do país e abrange principalmente a região Sudeste.



Porta Container

As principais cargas movimentadas pelo Porto são, o açúcar, soja, cargas containerizadas, café, milho, trigo, suco de laranja, entre outros granéis líquidos. 

Terminal açucareiro


Dadas as informações, referente a economia do país, o instrutor nos forneceu algumas características específicas dos navios  e também discorreu sobre o processo da retirada dos containers dos caminhões para ser colocados nos navios, nos mostrando os portainers, que são máquinas, que fazem esse processo de descarregamento da carga.


Funcionamento dos portainers


Tendo em vista o passado do Porto apresentado no Museu do Café, observamos uma grande melhoria e transformação. Hoje, bem mais estruturado, o porto suporta muitos navios de diferentes portes, porém há alguns problemas, como o congestionamento dos caminhões para descarregamento das cargas e o dos navios para atracação.
Sendo assim, acreditamos que com a aprovação da Medida Provisória 595 (MP dos Portos), o Portuário de Santos receberá investimentos necessários para se destacar e assim contribuir ainda mais com o Comércio Exterior Brasileiro, acarretando no desenvolvimento do País.



 Bom, após o termino do passeio de escuna, nos dirigimos a um Shopping para o almoço e logo depois voltamos para a Fatec.




Consideramos a visita a cidade de Santos muito importante, pois além de gerar conhecimento, nos fez interagir mais com nossos colegas de classe e também com os professores :)







A Importância do Porto de Santos

O Complexo Portuário Santista representa cerca de um terço do comércio exterior brasileiro, ou seja, uma a cada três cargas passam por Santos. Demonstrando assim a supremacia e a importância de apenas um porto, num país que possui outros 34. Apenas em 2010, o porto movimentou 31,8% das cargas que passaram, vieram ou saíram do país e cerca de R$ 153 bilhões e, em 2012, apenas no primeiro semestre, movimentou cerca de 47,04 milhões de toneladas de cargas, sendo recorde histórico, segundo a assessoria de imprensa da Companhia Docas do Estadode São Paulo (Codesp). Gente, convenhamos, é muita carga e muito dinheiro!
Sua importância vai muito além de bilhões de reais ou toneladas de cargas, sua influência comercial dita todo o comércio exterior das áreas hinterlândias, que são as áreas afastadas das grandes cidades metropolitanas.  O Porto é fundamental para os estados integrantes de sua hinterlândia primária, que são Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, Rondônia, Tocantins, Sergipe e Paraíba, integrantes de sua hinterlândia secundária e terciária. Além de que, sua influência primária inclui além de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. 

Estando localizado estrategicamente em São Paulo, que é o maior centro de consumo, industrial, comercial e financeiro da América do Sul, a cada dia mais explicito que esse estado de apenas 3% do território nacional movimenta todas as finanças que giram a "grande roda econômica" brasileira. Cerca de 60% do total do comércio internacional paulista são embarcados por Santos, já que é um porto multi modal, disponibilizando modais rodoviários, ferroviários e dutoviário como acesso direto ás suas instalações. Olha que responsabilidade! 

Comprometido com a modernidade, o porto está em processo permanente de evolução e com a conclusão dos planos de expansão que consolidará a posição de porto concentrador e distribuidor do Brasil e da América do Sul. Considerando o aporte financeiro publico e privado, suas instalações estão sendo expandidas e modernizadas de forma rápida.



Estima-se que para os próximos onze anos sejam investidos cerca de R$ 7 bilhões para atender a demanda que está prevista para até 2024, de 230 milhões de toneladas de carga.




Esses números não incluem o projeto de expansão nas ilhas de Barnabé e Bagres que garantirá o aporte de cerca de R$ 4,8 bilhões em investimentos.






Problemas Logísticos no Porto de Santos

Não é de hoje que o Porto de Santos tem importância significativa para o crescimento da economia do país e para o comércio exterior. Responsável por cerca de 1/4 da participação na Balança Comercial Brasileira, o porto movimenta por ano mais de 8 milhões de toneladas de cargas. E não é a toa que se tornou o maior porto da América Latina.
Porém seu espetacular crescimento e consequente aumento da movimentação de cargas, acarretou diversos problemas logísticos que até o momento parecem estar distantes de serem solucionados.


Intermináveis filas de congestionamento e ineficiência das vias terrestres, já fazem parte da rotina dos que conduzem seus veículos com destino ao Porto de Santos. Ainda mais, com recente limitação do horário de funcionamento dos pátios reguladores de caminhões.
Há também grande ausência de novas áreas para armazenagem de cargas nas zonas de produção e renovação da infraestrutura de entrada no porto - que é a mesma há décadas.

É necessário que o governo resolva esses problemas antes de pensar em ofertar mais terminais, caso contrário os problemas enfrentados hoje poderão ser bem piores no futuro, prejudicando a econômica e até mesmo a imagem de nosso país perante os países importadores de nossas mercadorias.
Investimentos em melhor infraestrutura e novas tecnologias, precisam ser feitos a curto prazo. Somente assim, nosso país poderá suportar a grande - e cada vez maior- movimentação de cargas.

Inauguração do Porto de Santos

O dia oficial da inauguração do Porto de Santos é 2 de fevereiro de 1892, quando a Companhia Docas de Santos, entregou à navegação mundial os primeiros 260 metros de cais.
Com a inauguração, iniciou-se uma nova fase para a vida da cidade pois os velhos trapiches e pontes fincados em terrenos lodosos, foram sendo substituídos por aterros e muralhas de pedra. Uma via férrea e novos armazéns para guarda de mercadorias, compunham as obras do porto.


Logo se formou um povoado, que em 1546, foi levado à condição de Vila do Porto de Santos.
Por mais três séculos e meio, o Porto de Santos, embora tivesse crescido, manteve-se em padrões estáveis, com o mínimo de mecanização e muita exigência de trabalho físico. Além disso, as péssimas condições de higiene do porto e da cidade , propiciaram o aparecimento de doenças de caráter epidêmico.

O início da operação, em 1867, da São Paulo Railway, que liagava por via ferroviária a região da Baixada Santista ao Planalto, melhorou substancialmente o sistema de transportes, com estímulo ao comércio e ao desenvolvimento da cidade e do Estado de São Paulo.
A cultura do café estendia-se por todo o Planalto Paulista, atingindo até algumas áreas da Baixada Santista, o que pressionava as autoridades para a necessidade de ampliação e modernização das instalações portuárias. Afinal, o café poderia ser exportado em maior escala e rapidez.
Em 12 de julho de 1888, o grupo liderado por Cândido Gaffrée e Eduardo Guinle foi autorizado a construir e explorar, por 39 anos, depois ampliado para 90 anos, o Porto de Santos. Com o objetivo de construir o porto, os concessionários constituiram a empresa Gaffrée, Guinle & Cia, que mais tarde se transformou na atual Companhia Docas de Santos. 

Após sua inauguração, o porto não parou de expandir, atravessando todos os ciclos de crescimento econômico do país, até chegar ao período atual de amplo uso dos contêineres.Açúcar, soja, café, laranja, algodão, adubo, carvão, trigo, sucos cítricos, veículos, granéis líquidos diversos, em milhões de quilos, têm feito o cotidiano do porto, que já movimentou mais de 1 bilhão de toneladas de cargas diversas, desde 1892, até hoje.
Em 1980, com o término do período legal de concessão da exploração do porto pela Companhia Docas de Santos, o Governo Federal criou a Companhia Docas do Estado de São Paulo.

Atualmente, o Porto de Santos, movimenta por ano mais de 42 milhões de toneladas de cargas diversas, número inimaginável em 1892, quando operou 125 mil toneladas. Com 12 km de cais, entre as duas margens do estuário de Santos, o porto entrou em nova fase de exploração, com arrendamento de áreas e instalações à iniciativa privada, mediante licitações.


Desenvolvido por: Cezar Martins
                           Ewelin Gouvea
                           Juliana Ojêda
                           Maiara Meira